sábado, 2 de novembro de 2013

Contos:



Nessa página vou mostrar alguns contos de minha própria autoria,alguns te deixarão com mal-estar,outros te deixarão com medo e até mesmo cismados.
Então abram a suas mentes e se aprofundem em meu mundo...



A Criança da estrada



Era uma noite de chuva e estava indo embora de uma formatura,tinha acabado de me formar e uma brilhante carreira de medicina me aguardava.
Mesmo naquela chuva decidi pegar a estrada que estava deserta aquela hora da moite,tinha que tomar cuidado ao dirigir, pois ali em algum lugar havia uma ribanceira.
Continuei dirigindo calmamente ate que avistei um pequeno vulto a estrada,era  uma criança e estava encharcada.
Parei e desci do caro e uma menina miúda que estava muito aflita olhava para mim,decidi perguntar o que ela fazia ali sozinha.
- Mas o que você faz uma hora dessas na estrada menininha?
- Tio minha mãe,salva ela.
Percebendo a preocupação da garotinha resolvi ajudá-la.
- Calma criança,sou médico.
- Então vem moço,corre,salva minha mãe,ela caiu na ribanceira!
- Tudo bem criança,só deixa eu ligar pra uma ambulância.
Terminando de ligar segui a criança,que avançava a minha frente e caminhava incrivelmente rápido para a idade.
- Tomara que cheguem rápido.- pensei comigo.
- Vamos moço, a mamãe está morrendo.
Segui a criança e lá em baixo avistei um carro caído,quando ia pedir para que a menina ficasse ali,ela já estava descendo a ribanceira.
- Rápido doutor!
Segui a criança até perto do carro e olhei lá dentro.havia uma mulher e um bebe desacordados,não pensei duas vezes e entrei para dar-lhes os primeiros socorros, de repente o bebe começou a chorar e já havia sinais de pulsação na mulher.
De repente meu celular tocou e avistei no alto da ribanceira o carro de resgate.
Me lembrei da outra menininha que provavelmente era a filha mais velha,fui ver se não estava ao lado da mãe dentro do carro,quando me deparo com algo que me choca profundamente.
Dentro d carro estava a mesma menininha com um ferimento na cabeça e gelada,estava morta há algumas horas,me senti mal e zonzo.Saí do carro e fui me sentar um pouco,quando senti um beijo estalado na bochecha e um obrigado sussurrado em meu ouvido,olhei para o lado e vi a menininha que sorria e desaparecia aos poucos...



Desespero




-Boa noite,acabei de sair da estrada e gostaria de um quarto por favor.

-Como o senhor queira,mas temos quartos apenas no segundo andar.
-Não tem problema é só para dormir por esta noite mesmo.
Peguei minhas chaves e subi, conforme subia a escada vi uma linda mulher descer por ela,dei-lhe um tímido boa noite e segui em frente.
Chegando ao quarto me joguei na cama e apaguei.
Acordei no meio da noite sentindo frio e tive a sensação de ter visto um vulto ao lado da cama,mas não dei bola e voltei a dormir.
Rolava de um lado a outro da cama, me sentindo sufocado, havia algo em cima de meu corpo, me asfixiando, abri os olhos e não vi nada, mesmo cismado dormi novamente,mas alguns minutos se passaram e de repente uma dor terrível assolou o meu peito, olhei e estava em carne viva, com marcas de arranhões  tentei me mexer e não consegui, olhei para cima e foi onde avistei a mesma mulher, s´que agora estava putrefata e com uma horrível deformidade em seu rosto, ela olhava para mim e chorava, lágrimas de sangue saiam de seus olhos e quando abriu a boca um som horrível e gutural saiu dela, me enregelando a alma.
De repente ela desapareceu e me vi livre,olhei para o meu corpo e estava coberto de sangue e com vários arranhões,saí correndo e quando dei por mim, estava descendo as escadas correndo, fui direto a recepção, chegando lá não havia ninguém e tudo parecia caindo aos pedaços, poeira e teias de aranhas estavam por todos os lados, não aguentei e comecei a gritar, o que estava acontecendo não era possível,corri para fora do hotel e quando olhei para trás,quase enlouqueci, não havia nada lá, em seu lugar, havia apenas uma cruz,indicando que uma morte brutal ocorrera ali...



Medo Primitivo


Toda vez que chove, entro em panico o som do trovão, os relâmpagos  tudo me assusta; posso ver vultos no clarão da tempestade e sei que eles me olham, me perseguem.

Basta ver uma nuvem negra, que corro a me esconder embaixo do lençol.
Todos sabemos que nossos medos te um fundo de verdade, e a minha verdade, quero deixar escondida até o fim, mesmo que isso me custe a vida.
Sei que estou ficando louco, não saio de casa, tento não dormir para não sonhar, sempre que sonho vejo monstros me perseguindo, demônios vindos do inferno, que esquartejam meus membros e tiram minha pele pouco a pouco, grito de dor e assim que tiram minha pele costuram o que sobrou dos meus lábios e para meu terror derramam óleo fervente em mim, a dor é agonizante e sinto ela cada vez mais profunda, ouço gargalhadas diabólicas ao meu redor e não posso fazer nada, apenas sinto o tormento da dor.
Acordo gritando deste horrível pesadelo e lho em volta e para meu desgosto olhos vermelhos e amarelos me cercam por todos os lados, e a chuva lá fora só se faz aumentar, lavando os portões do inferno para dar passagem a todo mal que sai dele.
Sei que dessa vez não terrei como fugir e a chuva aumenta cada vez mais e com ela meu terror, o medo puro mais primitivo.
As criaturas me atormentam, me flagelam, me fazem vivenciar torturas agonizantes até que enfim eu ceda.
Sei que não vou aguentar, que vou ceder,  tentação é muito grande, o cheiro de sangue me atrai, sacia a minha sede, minha vontade de roubar almas é cada vez mais frequente e essa chuva é libertadora, desperta essa vontade maldita de voltar para casa, tento esconder a verdade a todo custo, mas ela sempre vem a tona, não posso escapar do meu destino, não posso escapar do inferno ou me separar de meus irmãos malditos...




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